Temos acompanhado inúmeros relatos positivos de empresários e entidades ligadas ao setor produtivo em relação à retomada da economia. Santa Catarina historicamente se destaca por ser um estado diferenciado, que menos sofre com as crises e também um dos que mais rápido se recupera.
Diversos fatores levam a esse cenário, mas os principais que sempre se destacam e são unanimidade são: a força do associativismo catarinense, a inovação e a qualidade técnica da nossa mão de obra.
O evento de hoje é a prova desses dois fatores críticos de sucesso do nosso estado. Estamos aqui imbuídos de um forte senso de coletividade em torno de temas que são muito caros às nossas indústrias.
Quando falamos em inovação, temos em SC a prova viva de que a diversificação no campo da produtividade e da economia são fatores indispensáveis para a manutenção de emprego e renda dos cidadãos, bem como da sobrevivência e longevidade das empresas. Nosso estado vem se mostrando um dos mais capazes de sobreviver aos grandes problemas atuais, como a pandemia.
E para manter essa capacidade é importante que, além das empresas, sejam desenvolvidos os ecossistemas de inovação, tais como o INSTITUTO DA INDÚSTRIA (Iniciativa da FIESC/SENAI), que ainda no primeiro semestre de 2020, inaugura o HUB de Manufatura Avançada, que trará em seu escopo, a profunda sinergia entre grandes empresas, startups, empresas de base tecnológica e o ecossistema de educação profissional e engenharias. Este será um dos temas abordados em nosso encontro de hoje.
E quando falamos em Qualificação Profissional é necessário insistir e tornar pública a importância do Ensino Técnico para o crescimento do nosso país. No Brasil, apenas 9,7% das matrículas do ensino médio são em cursos de educação profissional. Na Alemanha, na Dinamarca, na França e em Portugal esse percentual é próximo de 50% e alcança cerca de 70% na Áustria e na Finlândia. O Brasil focou na formação voltada para o ingresso nos cursos superiores, porém apenas 2 a cada 10 estudantes que concluem o ensino médio alcançam a educação superior. O restante dos estudantes, incluindo aqueles que abandonaram o ensino médio por falta de perspectivas, entra no mercado de trabalho sem preparo, sem uma profissão. Além disso, os estudos comprovam que um curso técnico aumenta a renda do trabalhador em cerca de 20%, por isso é necessário oferecer um trilha de formação aderente ao universo industrial, passando do ensino médio para o curso técnico e posteriormente para a graduação.